sábado, 8 de outubro de 2011

Canteiros

















Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade

Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento

Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria

(Refrão 2X)
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Pois se não chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração.




CANTEIROS não é um poema de Cecília Meireles.

Trata-se de uma canção com melodia de Fagner, cuja letra nos quatro primeiros versos, foi escrita utilizando-se (de forma ilegal) de uma estrofe do poema “Marcha” de Cecilia Meireles, cujo texto foi modificado para se adequar melhor a sonoridade da melodia. Esta questão já foi resolvida na justiça e Cecília Meireles foi reconhecida como co-autora da música.

A segunda quadra é de autoria do próprio fagner seguindo a mesma temática.

Quanto a terceira quadra: Eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza (…) são versos de autoria do composistor Belchior na canção Hora do Almoço. Vencedora do Festival Universitário da Música Popular, TV Tupi do RJ, 1968. Utilizados na gravação como música incidental (provavelmente com autorização do autor, assim como os versos de Águas de Março de Tom Jobim.)

Nenhum comentário:

Postar um comentário